Páginas

Inscreva-se! e saiba de Tudo!:

Delivered by FeedBurner

Subscribe to Pr. Ezequiel Olliver | A Setima voz by Email

Publicidade


Pr Ezequiel Olliver Ir para o site A sétima voz no ar Ir para o site.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Olá amados e preciosos irmão é com imensa satisfação que venho anunciar uma serie de artigos novos que estamos postando hoje.trata-se de uns artigos enviados pelo amado irmão; Pastor Marcos Antonio - pastor da cidade de Simões Filho - Bahia este precioso irmão da mensagem que nos envia os artigos a seguir.Ainda não é potencialmente as respostas elaboradas para cada pergunta do artigo anterior( que aliás ja está gravado e será postado em video)mas com certeza será de grande proveito para os nossos internautas o primeiro segue abaixo e os demais serão postados em forma de topicos. deliciem-se na palavra revelada
                                        A FÉ EM DEBATE.

                                         
Dogma afirmado
De um lado, os arianos. De outro, os nicenos (chamados assim em referência ao concílio). O dilema principal entre os dois grupos era a divindade de Jesus - questionada por uns e defendida por outros -, mas várias outras questões teológicas estavam em debate. Os arianos acreditavam que Deus era único e indivisível. Esse mesmo Deus não revelava sua forma, seu ser, sua essência nem sua divindade a ninguém. Tudo que existe fora de Deus, portanto, é criatura e não faz parte do Criador. E Jesus Cristo? "De acordo com os arianos, ele foi receptáculo - do Verbo divino e, por isso, era um ser inferior a Deus", afirma padre Gregório Teodoro, da Igreja Ortodoxa Antioquia, de São Paulo. A subordinação de Jesus ao Pai nos textos do Novo Testamento - que ainda não havia sido finalizado na época do Concílio de Nicéia - era um indício dessa inferioridade.
Em oposição aos seguidores de Ário, os nicenos afirmavam que o Filho tem a mesma substância divina que o Pai e que, por isso, não pode ser dissociado Dele. Para rebater os argumentos arianos, os bispos convocados por Constantino interpretaram as escrituras de modo a consolidar o dogma da Trindade, que unia três elementos - o Pai, o Filho e o Espírito Santo - em um só Deus. Para os nicenos, Cristo é aquele descrito no prólogo do Evangelho de João: "Jesus é a palavra que revela Deus aos homens. Ao mesmo tempo em que os textos falam da natureza de submissão de Cristo a Deus, ele estava com Deus e era Deus, que habitava entre nós por meio de sua carne", diz o padre Gregório. A resolução de Nicéia promulgada em 325, não conseguiu unificar a fé cristã definitivamente, mas fincou os alicerces da Igreja que se consolidaria nos séculos seguintes.
CONTROVERSIA ARIANA
o cenário descrito mudou radicalmente no ano 313, quando Constantino publicou um documento que dava aos cristãos a aguardada liberdade de culto. Disposto a unificar seu território, o imperador romano declarou que a Igreja deveria ser o "cimento do império". E dessa súbita união entre política e religião veio a necessidade de fortalecimento das instituições cristãs. Em outras palavras, todas as dissidências deveriam ser silenciadas em nome da estabilidade. E o Estado começou a usar seu poder para acabar com as diferenças de opinião dentro da Igreja. Para alguns líderes religiosos da época, os dissidentes tinham uma visão contrária à doutrina cristã e, por esse motivo, deviam ser silenciados. "Mas em vez de permitir que a verdade surgisse de um debate teológico e da autoridade das Sagradas Escrituras, muitos governantes simplificaram o processo ao decidir que este ou aquele partido estava errado", escreve Gonzalez.
Uma das rupturas mais importantes ocorreu na cidade de Alexandria, no Egito, no início do século Quatro. O protagonista da discórdia foi um padre chamado Ário. "Em suas pregações, ele afirmava que somente Deus Pai era eterno e que Jesus simplesmente não existia antes de nascer", diz o historiador Ruy Rodrigues Machado, da PUC de Campinas. Havia outras questões teológicas envolvidas, mas, na essência, Ário propunha que Cristo era apenas um homem e que só poderia haver um Criador. Seus argumentos eram convincentes para alguns: segundo sua lógica, se o Cristianismo era uma religião monoteísta, a divindade só poderia ser atribuída a um único Deus.
Com discursos inflamados contra a teologia oficial, ele conquistou uma multidão de seguidores. Carismático, o líder dissidente conseguiu mobilizar as massas a seu favor. De acordo com alguns historiadores, ele transformou seus sermões em hinos religiosos que eram cantados pelo povo nas ruas. Mas as autoridades locais não engoliram suas idéias revolucionárias. "Alexandre, o bispo de Alexandria, decidiu convocar alguns padres e bispos para uma reunião na qual eles pudessem ouvir de Ário os seus ensinamentos. Numa deliberação pública, o rebelde acabou derrotado. Ele recebeu uma repreensão e, a partir de então, não deveria mais orar ou pregar na igreja", afirma o padre Ney de Souza, da Arquidiocese de São Paulo. Mas Ário não aceitou a imposição de Alexandre e buscou apoio entre os bispos que partilhavam de suas convicções.
A confusão logo chegou aos ouvidos do imperador. Preocupado em manter a unidade da Igreja, Constantino  despachou para Alexandria o bispo Ósio de Córdoba, seu conselheiro particular. Mas assim que colocou os pés na cidade, Ósio percebeu que a crise não poderia ser resolvida por um simples emissário. Diante de um território recém-unificado - em 324, Constantino, que governava o Ocidente, havia derrotado Licínio, que comandava a parte oriental, assumindo controle sobre todo o Império Romano - era preciso agir rápido. E ele agiu. Assim que recebeu a notícia de Ósio, o imperador convocou todos os bispos para o encontro que seria realizado em Nicéia. Ário, que não era bispo, não teve voz ativa no concílio, mas àquela altura o seu discurso já havia convencido alguns líderes importante, como o bispo Eusébio de Nicomédia, que o representou no encontro promovido no palácio imperial.
VITÓRIA DA MODERAÇÃO
Apesar de unidos pela mesma causa, os arianos estavam divididos em três facções. "Havia os moderados, que acreditavam na semelhança entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo; os radicais, que negavam a divindade de Cristo; e um terceiro grupo formado por aqueles que acreditavam que os elementos da trindade cristã eram diferentes entre si, afirma o historiador Cláudio Carlan, da Unicamp. As diferenças entre os três grupos eram sutis, mas a moderação do primeiro acabou servindo à causa de Atanásio de Alexandria, seguidor do bispo Alexandre. Com muita articulação política e graças à influência de Constantino, Atanásio conseguiu o apoio de parte dos arianos, complicando a situação dos dissidentes durante o concílio."
Muitos detalhes se perderam nas brumas da História, mas alguns relatos indicam que o imperador teve participação decisiva no encontro. No livro História dos Concílios Ecumênicos, o teólogo italiano Lorenzo Perrone descreve a abertura do concílio: "Precedido pelos homens de fé cristã da corte, Constantino faz sua solene entrada na aula conciliar, mas não assume o seu lugar antes que os bispos se assentem. Em seguida, é saudado pelo primeiro dos bispos sentados à sua direita. O imperador responde à saudação com um breve discurso em que renova os augúrios da concórdia eclesial. Constantino recorda a recente vitória contra Lacínio e a desagradável surpresa de ver perturbada a paz da Igreja, agora que a ordem do Estado fora restabelecida." Era o começo da derrota dos arianos.

Nos primeiros dias, o encontro foi relativamente tranqüilo. Mas assim que os discípulos de Ário começaram a expor sua doutrina, o clima esquentou. Antes de discursar, Eusébio de Nicomédia achou que os bispos presentes se curvariam diante da lógica irrefutável dos arianos. Mas ele estava errado. "A doutrina que dizia que o Filho era apenas uma criatura - por mais exaltada que fosse essa criatura parecia atentar contra o próprio âmago da fé cristã. Aos gritos de 'Blasfêmia! , 'Mentira!' e 'Heresia!', Eusébio teve de se calar. Conta-se que alguns dos presentes arrancaram o discurso de suas mãos, rasgaram-no e pisotearam-no", afirma Justo Gonzalez em seu livro. “De todos os presentes, 292 bispos votaram pela condenação e 22 pediram a revisão de algumas doutrinas dos arianos”, diz padre Ney.
Para firmar o veredicto do encontro e assegurar que as heresias não se repetissem, os religiosos elaboraram um documento que ficou conhecido como Credo Niceno. "Depois de duas semanas de discussões, os bispos apresentaram ao imperador um esboço do Credo e ele ficou encantado", afirma padre Ney. O texto, cujo ponto central é a afirmação  da divindade de Jesus, é lido até hoje – dezessete séculos depois em missas celebradas no mundo inteiro. “O Concílio de Nicéia foi a expressão por excelência da normatização da fé cristã”, diz o historiador Luciano José de Lima, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
REVIRAVOLTAS
No final do concílio, a controvérsia ariana parecia sepultada. "Quase todos os bispos presentes assinaram a versão final do Credo Niceno", diz o historiador Eugene Teselle, da Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos. Aqueles que se negaram a fazê-lo, como Eusébio de Nicomédia, foram destituídos de suas funções e obrigados a deixar as cidades onde viviam. "Esta sentença de exílio estabeleceu o precedente de que o Estado intervém para assegurar a ortodoxia da Igreja ou de seus membros", afirma Justo Gonzalez. Mas a punição não durou muito. Alguns anos depois, Eusébio conseguiu voltar a sua cidade e convencer o imperador a retirar a pena de exílio que também havia sido imposta a Ário. Muitos de seus seguidores acabaram conquistando a confiança de Constantino e, como golpe final, conseguiram arrancar dele a expulsão de Atanásio, o principal algoz dos arianos.
Em 337, Constantino morreu, não sem antes ser batizado por Eusébio de Nicomédia, um ariano. Nas décadas seguintes, o Império Romano foi administrado por seus filhos, Constantino II, Constante e Constâncio, que fatiaram os domínios do pai em três grandes regiões. Com a morte dos dois primeiros, Constâncio assumiu o poder e tornou pública sua predileção pela causa ariana. Quando ele morreu, em 361, seu primo Juliano o substituiu e promoveu uma nova reviravolta religiosa ao instituir o retorno do paganismo ao império. A cada novo imperador, a fé cristã sofria uma reviravolta. "Em 381 foi realizado o Concílio de Constantinopla, que reafirmou as resoluções de Nicéia e o dogma da Trindade", afirma Luciano José de Lima. Mas o destino da Igreja já havia sido selado com o pontapé inicial de Constantino e dos quase 300 bispos que votaram contra o arianismo naquele primeiro concílio ecumênico dos cristãos.
NOVAS DIRETRIZES
A principal conquista do Concilio de Nicéia foi a condenação da doutrina ariana, considerada oficialmente uma heresia. Confira outras resoluções:
v  A celebração da Páscoa deveria ser realizada no primeiro domingo depois da primeira lua cheia após o equinócio de primavera.
v  Aqueles que não aceitavam o Credo Niceno eram considerados heréticos e deveriam receber um novo batismo para se redimir com a igreja (de onde se deu a adoção do batismo nos títulos: Pai, Filho e Espírito Santo. Grifo nosso).
v  Naquela época, a Igreja começou a definir os evangelhos que entrariam na Bíblia. Os textos que colocavam em dúvida a fé ou a divindade de Jesus, como os evangelhos de Tomé e Tiago, foram deixados de lado.
v  O dia de descanso foi transferido de sábado para domingo.
v  O Natal, que antes era celebrado em 6 de Janeiro, para  25 de Dezembro – dia do culto ao deus sol romano.

História dos Concílios Ecumênicos, de Giuseppe Alberigo (org.). Paulus, 1995
O Credo Cristão, de C. W. Leadbeater. Pensamento, 1993
A Era dos Gigantes, de Justo L. Gonzalez. Vida Nova, 1995


Nenhum comentário:

Postar um comentário

CHAT ON LINE | Pergunte ao Evangelísta Olliver